Auto-interesse e exploração
Os CEOs de grandes empresas recebem enormes salários por seus serviços. Imaginemos um cenário onde um pequeno número de novas empresas cresçam mesmo não tendo um administrador sênior – e que ainda estejam obtendo lucros bem acima da média!
Nesse cenário, quando líderes de negócios são revelados como potencialmente contra produtivo aos lucros – ou ao menos, sem qualquer ligação com a lucratividade – é fácil ver que o interesse próprio desses líderes é imediatamente e talvez permanentemente ameaçados.
Adicionalmente, imagine todos os outros grupos de pessoas cujos interesses estariam ameaçados em tal cenário. Escolas de negócios veriam seu número de matrículas cair drasticamente; advogados, contadores e decoradores que serviram esses homens de negócio veriam sua demanda por seus serviços cair; as escolas privadas que supriram às famílias ricas seriam atingidas duramente, ao menos por um tempo. Revistas de elite, apresentações de negócios, convenções, conselheiros, camiseiros, alfaiates e toda sorte de gente que sentiriam o ferrão da transição, para dizer o mínimo.
Podemos facilmente imaginar que as primeiras poucas empresas a ver a lucratividade aumentada como resultado de terem se livrado de seus principais administradores seriam asperamente condenadas e ridicularizadas pelos administradores entrincheirados em empresas semelhantes. Essas empresas seriam acusadas de alterar os dados, de explorar uma mera anomalia estatística ou acaso, de ter administradores secretos, de produzir produtos de segunda mão, de “rechear o peru” com vendas prematuras, de incorrer em perdas, e por ai vai.
A morte eminente seria alegremente prevista pela maioria, se não, por todos os expectadores interessados. Os CEOs de empresas existentes evitariam fazer negócios com eles, e sem dúvida formariam uma espécie de benevolência patronal (Sim, você ver essas tendências emergindo uma vez todo ano – elas surgem, caem e morrem, e investidores terminam mais pobres, mas mais sábios) razoavelmente aberta e despreocupada (eu não estou certo se é uma boa escolha de carreira mudar para esse tipo de empresa; eu consideraria um ponto ruim em qualquer currículo de quem já esteve nesse tipo de situação).
Essas empresas deveriam continuar crescendo, sem dúvida os executivos dos negócios já existentes entrariam em contato com seus amigos políticos, procurando uma “solução” a favor dos “consumidores” que eles tanto desejam “proteger”.
Grupos entrincheirados sempre se moverão a fim de proteger seus próprios interesses – isso não é uma coisa ruim, é simplesmente um fato da natureza humana. Por isso é importante entender que o que é chamado de improdutivo, negativo, “extremo” ou perigoso pode acabar sendo de fato essas coisas, mas é sempre bom olhar para os motivos daqueles que investem tempo e energia criando e propagando tais rótulos. Por que eles estão tão interessados?